CAMINHOS

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sexta-feira, 15 de abril de 2011

SÍMBOLOS DO PEREGRINO
Pode ser questionada a utilização de um molusco como símbolo, mas, sendo a Vieira um molusco que surge nas praias da costa num caminho que é maioritariamente de interior, tal facto deve-se às peregrinações ao fim do mundo (Fisterra) em adoração ao pôr-do-sol.
Chegados à beira-mar, estes peregrinos pré-históricos apanhavam da praia as vieiras, como prova da sua viagem. Afirma a lenda que Santiago terá chegado a estas terras por via marítima (vide Rota Marítima), a Vieira assumiu-se, também, como símbolo das peregrinações a Santiago de Compostela.
Na simbologia jacobeia, as conchas estão associadas a um episódio lendário. Diz a lenda que um cavaleiro das Terras da Maia viu ao largo da costa a barca que transportava o corpo do Apóstolo Tiago.

Num ápice, o seu cavalo precipitou-se pelo mar adentro em direcção à barca. Pouco depois, ambos emergiram das águas do Atlântico e regressaram a terra, sãos e salvos, cobertos de conchas.
Hoje, sob a forma de recordação, serve também como comprovativo da viagem a Santiago e da chegada ao Santuário. Os peregrinos levam-na pendurada ao pescoço, utilizando-a para saciar a sede nas ribeiras, rios ou fontanários por onde passam.

 

A CRUZ DE SANTIAGO                                             
É o símbolo da Ordem Militar e Religiosa de Santiago, fundada no ano de 1160 no reino de leão por 12 Cavaleiros no reinado de D. Fernando II, para defender os peregrinos que iam ao sepulcro do Apóstolo Santiago em Compostela, a fim de receber o jubileu atravessando a Porta Santa da Catedral de Santiago, como está descrito no Códice Calixtino.
A ESCARCELA ou BOLSA
Hoje substituída por bolsas de cinta, assumia as mesmas funções. Era uma pequena bolsa  de couro que se prendia à cintura, servindo para o transporte de algumas moedas para pagamento das despesas da deslocação.
O CAJADO ou BORDÃO
O Cajado é o símbolo por excelência do peregrino. Serve de apoio e de defesa ao longo dos percursos. Também é uma forma de aliviar a fadiga, pois o caminho é longo e cansativo e todos as ajudas são bem vindas, seja para o terreno plano ou para a subida de montes.


 
A CABAÇA (Hoje CANTIL)
Os peregrinos usavam-na pendurada no Cajado e era utilizada para transportar líquidos, sobretudo água.
Nos dias de hoje, a cabaça foi substituída pelo cantil.

A ESTRELA
A estrela é fonte de luz e farol na escuridão. A Via láctea, constituída por um número incontável de estrelas, é também conhecida entre o povo como a estrada de Santiago. Simboliza, pois, o caminho dos peregrinos.
O local onde se supõe que o Apóstolo Tiago foi sepultado chama-se Compostela. Esta palavra tanto pode significar sepultura bem cuidada como campos de estrelas. Tendo em conta a visão do monge Pelágio já referida e o simbolismo das estrelas, esta segunda interpretação parece a mais adequada à mística do local e do Caminho de Santiago.
Pode ser questionada a utilização de um molusco como símbolo, mas, sendo a Vieira um molusco que surge nas praias da costa num caminho que é maioritariamente de interior, tal facto deve-se às peregrinações ao fim do mundo (Fisterra) em adoração ao pôr-do-sol.
Chegados à beira-mar, estes peregrinos pré-históricos apanhavam da praia as vieiras, como prova da sua viagem. Afirma a lenda que Santiago terá chegado a estas terras por via marítima (vide Rota Marítima), a Vieira assumiu-se, também, como símbolo das peregrinações a Santiago de Compostela.
Na simbologia jacobeia, as conchas estão associadas a um episódio lendário. Diz a lenda que um cavaleiro das Terras da Maia viu ao largo da costa a barca que transportava o corpo do Apóstolo Tiago.
Num ápice, o seu cavalo precipitou-se pelo mar adentro em direcção à barca. Pouco depois, ambos emergiram das águas do Atlântico e regressaram a terra, sãos e salvos, cobertos de conchas.
Hoje, sob a forma de recordação, serve também como comprovativo da viagem a Santiago e da chegada ao Santuário. Os peregrinos levam-na pendurada ao pescoço, utilizando-a para saciar a sede nas ribeiras, rios ou fontanários por onde passam.

CREDENCIAL DEL PEREGRINO

A Credencial do Peregrino é um documento que o identificará como Peregrino ao longo de todo o percurso e na chegada a Santiago, constituindo a versão actual dos antigos salvo-condutos.
Contém os dados pessoais do peregrino e uma série de espaços em branco onde se colocam os carimbos dos Albergues/Refúgios, Igrejas, Polícia, entidades administrativas ou estabelecimentos comerciais de forma a autenticar a passagem pelo caminho.
É destinada só a peregrinos que vão a pé, de bicicleta ou a cavalo. Pode ser adquirida na Oficina do Peregrino em Santiago de Compostela, na maioria dos albergues ou nas associações dos amigos do Caminho de Santiago. É conveniente pedi-la antecipadamente.
A apresentação deste documento nos Albergues onde pretendes pernoitar é condição fundamental para ser recebido.
Quando chegar a Santiago apresente-a na Oficina do Peregrino, que fica muito próxima da Catedral e receberá a Compostela, que é um certificado do cumprimento da Peregrinação, outorgada pelo Secretário Capitular, válida apenas para quem tenha percorrido, pelo menos 100 km a pé ou a cavalo ou 200 km de bicicleta.
Mas note bem que o seu requerimento na Oficina do Peregrino tem que ser feito pessoalmente entre as 9 e as 21 horas e não se assuste se se deparar com uma fila de espera, porque o despacho neste serviço é razoável.